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Postado em em 14 de março de 2025

No mundo da Inteligência Artificial (IA), a Geração Aumentada via Recuperação (RAG) tem se destacado como uma técnica inovadora para melhorar a qualidade das respostas geradas por modelos de linguagem grandes (LLMs). 

Mas, afinal, o que é RAG em IA? 

Em termos simples, o RAG combina a capacidade de geração de texto de LLMs com a recuperação de informações de fontes externas, como bancos de dados ou documentos, para produzir respostas mais precisas e contextualizadas. 

Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é RAG, como ele funciona, seus benefícios, desafios e casos de uso práticos. Se você quer entender como essa técnica pode revolucionar a IA, continue lendo!

O que é RAG em AI?

RAG (Retrieval-Augmented Generation — ou Geração Aumentada via Recuperação, em português) é uma técnica avançada de IA que integra dois componentes principais:

  1. Recuperação de informações: acesso a fontes externas, como bancos de dados ou documentos, para buscar dados relevantes;
  2. Geração de texto: uso de modelos de linguagem grandes (LLMs) para produzir respostas com base nas informações recuperadas.

Em vez de confiar apenas na capacidade de geração de texto do modelo, o RAG permite que o sistema “consulte” fontes externas para embasar suas respostas. Isso resulta em respostas mais precisas, atualizadas e contextualizadas, especialmente em cenários onde a informação necessária não está contida no treinamento original do modelo.

Leia também: Como sair do zero em inteligência artificial e ChatGPT

Como o RAG funciona?

O funcionamento do RAG (Retrieval-Augmented Generation) pode ser dividido em três etapas principais, que trabalham em conjunto para gerar respostas mais precisas e contextualizadas. 

Vamos explorar cada uma delas em detalhes.

Recuperação de informações

A primeira etapa do RAG é a recuperação de informações. Quando um usuário faz uma pergunta ou envia um prompt, o sistema busca dados relevantes em uma base de dados ou conjunto de documentos externos. 

Essa busca é realizada usando técnicas avançadas de recuperação de informações, como:

  • Embeddings de texto: os textos são convertidos em vetores numéricos (embeddings) que capturam seu significado semântico. Isso permite comparar a similaridade entre a pergunta do usuário e os documentos disponíveis;
  • Algoritmos de similaridade: técnicas como cosine similarity são usadas para encontrar os documentos ou trechos de texto mais relevantes para a pergunta.

Por exemplo: se o prompt for “Quais são os benefícios da energia solar?”, o sistema pode buscar documentos sobre energias renováveis e identificar trechos que mencionam vantagens como redução de custos e impacto ambiental.

Aumentação do contexto

Na segunda etapa, as informações recuperadas são combinadas com o prompt original para criar um contexto mais rico. Esse processo é chamado de aumentação do contexto.

Pessoa trabalhando entendendo o que é rag

O modelo de linguagem recebe não apenas a pergunta do usuário, mas também os trechos de texto relevantes, o que permite gerar respostas mais informativas e precisas.

Por exemplo: se o sistema recuperar um trecho que diz “A energia solar reduz custos em até 30% e diminui a emissão de gases poluentes”, esse texto será adicionado ao contexto da pergunta. O modelo de linguagem usará essa informação para gerar uma resposta completa.

Geração da resposta

Na terceira etapa, o modelo de linguagem (como GPT-4 ou BERT) gera a resposta final com base no contexto aumentado. O modelo processa tanto a pergunta original quanto as informações recuperadas para produzir uma resposta que seja precisa, contextualizada e natural.

Por exemplo: com base no contexto aumentado, o modelo pode gerar a resposta:

“Os benefícios da energia solar incluem a redução de custos em até 30% e a diminuição da emissão de gases poluentes, contribuindo para um impacto ambiental positivo.”

Por que RAG é importante?

O RAG é uma técnica revolucionária que resolve algumas das principais limitações dos modelos de linguagem tradicionais. Aqui estão os motivos pelos quais o RAG é tão importante.

Atualização de informações

Um dos maiores desafios dos modelos de linguagem tradicionais é que eles são treinados com dados estáticos. Isso significa que eles não têm acesso a informações atualizadas ou específicas que não estavam presentes no conjunto de treinamento. 

O RAG resolve esse problema ao permitir que o modelo acesse fontes externas em tempo real, como bancos de dados atualizados ou documentos recentes.

Por exemplo: se um usuário perguntar “Qual é a taxa de juros atual no Brasil?”, o RAG pode buscar a resposta em uma fonte atualizada, como o site do Banco Central, garantindo que a informação esteja correta.

Precisão e confiabilidade

Outra limitação dos modelos de linguagem tradicionais é o risco de “alucinações”, ou seja, respostas incorretas ou inventadas que parecem plausíveis. 

O RAG reduz esse risco ao basear as respostas em informações recuperadas de fontes confiáveis, aumentando a precisão e a confiabilidade das respostas.

Assim, em vez de inventar uma resposta para “Quem descobriu a penicilina?”, o RAG busca a informação correta em uma fonte confiável e responde: “A penicilina foi descoberta por Alexander Fleming em 1928”.

Contextualização

O RAG permite que o modelo gere respostas mais contextualizadas, adaptando-se a cenários específicos. Isso é especialmente útil em aplicações como chatbots, onde as respostas precisam ser relevantes para o contexto da conversa.

Mais um exemplo: em um chatbot de suporte técnico, o RAG pode buscar informações específicas sobre um produto e gerar uma resposta personalizada para o problema do usuário.

Por que usar o RAG?

O RAG é uma ferramenta poderosa para empresas e desenvolvedores que desejam melhorar a qualidade das respostas geradas por seus sistemas de IA. Aqui estão os principais motivos para usar o RAG:

  • Respostas mais precisas: ao combinar a capacidade de geração de texto com informações atualizadas e confiáveis, o RAG garante respostas mais precisas e embasadas;
  • Flexibilidade: o RAG pode ser aplicado em diversos cenários, desde chatbots inteligentes até sistemas de recomendação e ferramentas de busca;
  • Redução de erros: ao basear as respostas em informações recuperadas, o RAG minimiza o risco de respostas incorretas ou irrelevantes, aumentando a confiança dos usuários.
  • Atualização em tempo real: o RAG permite que o modelo acesse informações atualizadas, o que é crucial em áreas como finanças, saúde e tecnologia, onde os dados mudam rapidamente.

Aplicações práticas do RAG

Profissional trabalhando usando o que é rag

O RAG (Geração Aumentada via Recuperação) tem uma ampla gama de aplicações práticas que podem transformar a maneira como interagimos com a tecnologia e processamos informações. 

Uma das principais aplicações é em chatbots inteligentes, em que o RAG melhora significativamente a capacidade dos assistentes virtuais de fornecer respostas precisas e contextualizadas.

Isso aumenta a eficiência do atendimento e também eleva a experiência do usuário, tornando as interações mais naturais e úteis.

Outra aplicação importante é na busca de informações, especialmente em grandes bases de documentos, como manuais técnicos, artigos científicos ou relatórios corporativos. 

O RAG facilita a recuperação de dados relevantes de forma rápida e precisa, agilizando processos de pesquisa e permitindo que usuários encontrem exatamente o que precisam sem perder tempo com informações irrelevantes.

Na área de educação e treinamento, o RAG pode ser utilizado para criar sistemas de tutoria inteligentes. Esses sistemas são capazes de fornecer respostas baseadas em fontes confiáveis, auxiliando no aprendizado e na capacitação de estudantes e profissionais.

Imagine um tutor virtual que não apenas responde perguntas, mas também cita fontes atualizadas e contextualiza as informações de acordo com as necessidades do usuário.

Por fim, o RAG se destaca na análise de dados. Em empresas, ele pode ser aplicado para analisar relatórios, documentos e outras fontes de informação, extraindo insights valiosos de forma automatizada. 

Isso permite que gestores tomem decisões mais informadas e estratégicas, com base em dados precisos e atualizados.

Como aplicar a técnica de RAG na prática em 4 passos?

A aplicação do RAG (Retrieval-Augmented Generation) na prática envolve a integração de um sistema de recuperação de informações com um modelo de linguagem, criando um fluxo de trabalho que combina a busca de dados externos com a geração de respostas contextualizadas. 

Vamos explorar cada etapa desse processo em detalhes.

1. Escolha do modelo de linguagem

O primeiro passo para implementar o RAG é selecionar um modelo de linguagem adequado. Modelos como GPT-4, BERT ou T5 são opções populares devido à sua capacidade de geração de texto e compreensão de contexto. 

A escolha do modelo depende do tipo de aplicação e dos recursos disponíveis. Por exemplo:

  • GPT-4: Ideal para geração de texto natural e respostas detalhadas;
  • BERT: Mais indicado para tarefas de compreensão de texto e classificação.

É importante considerar fatores como o tamanho do modelo, a capacidade de processamento e a necessidade de fine-tuning (ajuste fino) para adaptar o modelo ao seu caso de uso específico.

2. Configuração do sistema de recuperação

O sistema de recuperação é o coração do RAG, responsável por buscar informações relevantes em uma base de dados ou conjunto de documentos. Para configurá-lo, siga estas etapas:

  • Escolha fontes confiáveis e atualizadas, como bancos de dados corporativos, artigos científicos ou documentos técnicos;
  • Organize os documentos em um formato que facilite a busca, como JSON, XML ou bancos de dados NoSQL;
  • Utilize métodos como embeddings de texto e algoritmos de similaridade (ex: cosine similarity) para encontrar informações relevantes com base no prompt do usuário.

Por exemplo: se você está criando um chatbot para uma empresa de tecnologia, a base de dados pode incluir manuais de produtos, FAQs e artigos técnicos.

3. Integração do sistema de recuperação com o modelo de linguagem

A integração é a etapa em que o sistema de recuperação e o modelo de linguagem trabalham juntos. 

Aqui, as informações recuperadas são combinadas com o prompt original para criar um contexto aumentado, que é então usado pelo modelo de linguagem para gerar a resposta final. Para isso:

  • Use APIs ou frameworks como Hugging Face Transformers para integrar o sistema de recuperação ao modelo de linguagem;
  • Garanta que as informações recuperadas sejam adicionadas ao prompt de forma estruturada, permitindo que o modelo as utilize de maneira eficiente.

Por exemplo: se o prompt for “Como configurar um roteador Wi-Fi?”, o sistema de recuperação pode buscar um manual técnico e adicionar trechos relevantes ao contexto.

4. Treinamento e ajuste do sistema

Após a integração, é necessário treinar e ajustar o sistema para otimizar a precisão e a relevância das respostas. Isso envolve:

  • Fine-tuning: ajuste o modelo de linguagem para se adaptar ao seu caso de uso específico, utilizando um conjunto de dados de treinamento relevante;
  • Avaliação de desempenho: teste o sistema com perguntas reais e avalie a qualidade das respostas, fazendo ajustes conforme necessário;
  • Otimização de parâmetros: ajuste parâmetros como o número de documentos recuperados e o peso das informações no contexto aumentado.

Quais são as 4 etapas na implementação do RAG?

A implementação do RAG pode ser dividida em etapas claras e bem definidas, que garantem um fluxo de trabalho eficiente e resultados de alta qualidade. Entenda cada uma delas, abaixo!

1. Coleta de dados

Pessoa trabalhando com notebook e uma lâmpada na mão simbolizando o que é rag

A primeira etapa é a coleta de dados, onde você prepara a base de informações que será usada para recuperação. Isso envolve:

  • Identificar fontes confiáveis: escolha documentos, bancos de dados ou APIs que contenham informações relevantes para o seu caso de uso;
  • Estruturar os dados: organize os dados em um formato que facilite a busca e o processamento, como JSON ou CSV.

Por exemplo: para um sistema de suporte técnico, você pode coletar manuais de produtos, FAQs e registros de atendimento anteriores.

2. Indexação dos dados

A indexação é o processo de preparar os dados para uma busca eficiente. Isso envolve:

  • Criação de embeddings: Converta os textos em vetores numéricos (embeddings) que capturem seu significado semântico. Ferramentas como Sentence Transformers ou OpenAI Embeddings podem ser usadas para essa tarefa.
  • Armazenamento dos embeddings: Utilize bancos de dados especializados, como FAISS (Facebook AI Similarity Search) ou Elasticsearch, para armazenar e buscar os embeddings de forma rápida e eficiente.

Assim, se você está indexando artigos científicos, cada artigo será convertido em um embedding e armazenado em um banco de dados para futuras consultas.

3. Recuperação de informações

Na etapa de recuperação, o sistema busca informações relevantes com base no prompt do usuário. 

Primeiro, ele pode buscar por similaridades e, para isso, vale a pena usar algoritmos como cosine similarity para comparar o embedding do prompt com os embeddings dos documentos e encontrar os mais relevantes. 

Em seguida, defina um limite para o número de documentos recuperados (ex: top 5) e priorize os mais relevantes.

Por exemplo: se o prompt for “Quais são os benefícios da energia eólica?”, o sistema pode recuperar trechos de documentos que mencionam vantagens como sustentabilidade e custo-benefício.

4. Geração da resposta

Na etapa final, as informações recuperadas são integradas ao modelo de linguagem para gerar a resposta. Para isso, vale a pena:

  • Combinar o prompt original com as informações recuperadas para criar um contexto rico e detalhado;
  • Usar o modelo de linguagem para produzir uma resposta natural e informativa, com base no contexto aumentado.

Conclusão

O RAG (Geração Aumentada via Recuperação) é uma técnica revolucionária que combina a capacidade de geração de texto de modelos de linguagem com a recuperação de informações de fontes externas. 

Essa abordagem permite respostas mais precisas, atualizadas e contextualizadas, tornando-se uma ferramenta essencial para aplicações como chatbots, sistemas de busca e tutoriais inteligentes.

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