O desenvolvedor full stack é o profissional que domina tanto o front end quanto o back end de um sistema. Ele entende desde a interface que o usuário vê até a lógica que processa os dados no servidor.
Esse conhecimento permite uma atuação completa, desenvolvendo aplicações do início ao fim. Mas quais são suas principais atribuições? Quais tecnologias esse profissional usa no dia a dia? E como entrar nesse mercado?
Neste artigo, você vai descobrir tudo sobre essa carreira, desde as habilidades essenciais até os melhores caminhos de aprendizado. Se você quer entender mais sobre essa área ou está pensando em seguir essa profissão, continue lendo!
O que você vai ver hoje?
O que é um desenvolvedor full stack?
Um desenvolvedor full stack é aquele que atua tanto no front end quanto no back end de um sistema. Ou seja, ele cria a interface que o usuário vê e também programa a lógica que mantém tudo funcionando nos bastidores. É o famoso pau-pra-toda-obra.
Para isso, esse dev precisa conhecer diversas tecnologias, desde linguagens de marcação e programação até bancos de dados e servidores. Além disso, pode atuar em todas as etapas do desenvolvimento ou mesmo se especializar em uma delas.
Se você gosta de conteúdo em vídeo, aproveite para conferir tudo sobre a atuação do desenvolvedor full stack na nossa videoaula completa logo abaixo:
Agora, para entender melhor o desenvolvimento full stack, vamos analisar a estrutura de um sistema web.
Estrutura de um sistema web
Um sistema web é uma aplicação acessada pela internet, como lojas virtuais, redes sociais e sites de notícias. Para que ele funcione corretamente, é essencial contar com uma estrutura bem organizada.
Basicamente, podemos dividi-la em três partes principais: interface (front end), inteligência do negócio (back end) e banco de dados (database). Primeiro, a interface corresponde à parte visual, ou seja, aquilo com que o usuário interage diretamente.
Em seguida, temos a inteligência do negócio, que processa comandos, regras e interações do sistema. Por fim, o banco de dados armazena e gerencia todas as informações.
Quais são as áreas do desenvolvimento full stack?
O desenvolvimento full stack pode ser dividido em três grandes áreas: front end, back end e database. Cada uma dessas partes tem um papel essencial para garantir que um sistema funcione de forma eficiente e integrada.
Como vimos anteriormente, o front end cuida da interface e da experiência do usuário. O back end processa as regras e a lógica do sistema. Já o database, ou banco de dados, armazena e gerencia os dados.
A seguir, vamos explorar cada uma dessas áreas com mais detalhes e quais são as tecnologias do desenvolvimento full stack.
Front End
O front end é responsável por tudo que o usuário vê e interage. Ele define a interface e garante que todas as ações tenham um retorno visual adequado. Ao curtir uma postagem, compartilhar uma notícia ou assistir a um vídeo, o usuário está interagindo com o front end.
Imagine, por exemplo, o site de um e-commerce. Você encontrou um produto legal e clicou em “Adicionar ao carrinho”. Na mesma hora, o botão muda, e aparece uma mensagem confirmando que o item foi adicionado. Tudo isso é trabalho do front end.
Essa parte do sistema utiliza tecnologias como HTML, CSS e JavaScript. Além disso, frameworks como React, Angular e Vue.js ajudam a criar interfaces dinâmicas e responsivas.
O front end não se resume apenas à aparência. Ele também contém uma camada de lógica que responde às ações do usuário e se comunica com o back end para buscar ou enviar informações. Dessa forma, tudo funciona de maneira fluida e intuitiva.
Leia mais: Programação Front-end: o que é, linguagens e mercado de trabalho
Back End
Enquanto o front end cuida da interface, o back end processa as regras do sistema. Ele é a parte responsável por interpretar as ações do usuário e garantir que tudo aconteça conforme esperado.
Ainda no exemplo do e-commerce, quando você coloca um produto no carrinho, o back end já começa a trabalhar. Ele confere se ainda tem estoque, calcula o valor total e, se rolar um desconto, já aplica na hora. E tudo isso acontece antes de mandar as informações para o Front End mostrar pra você.
Essa parte do desenvolvimento usa linguagens como Python, PHP e JavaScript (com Node.js). Além disso, frameworks como Django, Spring Boot, Laravel e Express facilitam a criação de aplicações robustas e seguras.
O back end gerencia autenticação de usuários, processamento de pagamentos e comunicação com bancos de dados. Ele é essencial para garantir que os sistemas sejam rápidos, confiáveis e seguros.
Saiba mais: Veja o que é Backend Python e como se tornar desenvolvedor na área
Database
Todos os dados processados pelo back end precisam ser armazenados em algum lugar. É aí que entra o Database, ou banco de dados.
Ele guarda informações essenciais, como cadastros de usuários, produtos e pedidos. Sempre que um sistema precisa recuperar ou atualizar um dado, ele faz uma consulta ao banco.
Voltando à nossa compra no e-commerce, quando você finaliza o pedido, o banco de dados guarda tudo: seu nome, endereço, os produtos que escolheu e a forma de pagamento.
Dessa forma, da próxima vez que entrar no site, o sistema já sabe o que você gosta e pode até sugerir produtos parecidos.
Agora, indo para os bastidores, existem dois tipos principais de bancos de dados: relacionais (como MySQL, PostgreSQL e SQL Server) e não relacionais (como MongoDB e Firebase).
Além disso, para garantir escalabilidade e alta disponibilidade, as empresas estão apostando em soluções em nuvem, como AWS RDS, Google Cloud Firestore e Azure SQL Database.
O uso de tecnologias cloud permite que os sistemas armazenem grandes volumes de dados com segurança e desempenho otimizado.
Veja também: Como usar ChatGPT para Criar Banco de Dados MySQL
Como ser um desenvolvedor full stack?
Para se tornar um desenvolvedor full stack, é essencial aprender tanto front end quanto back end. Mas, o melhor a se fazer, é começar por uma área, se especializar nela e só então partir para outra.
No front end, é importante dominar HTML, CSS e JavaScript, pois essas tecnologias são a base da interface. Já no back end, linguagens como Node.js, PHP ou Python são amplamente utilizadas para processar dados e gerenciar a lógica do sistema.
Além disso, entender de bancos de dados é essencial para armazenar e recuperar informações de forma eficiente.
Agora, quando se trata de formação, há várias opções. Existem as graduações em Ciência da Computação e Sistemas de Informação, que são caminhos tradicionais. Mas cursos livres e estudos autodidatas também permitem desenvolver as habilidades necessárias.
Para acelerar o aprendizado, vale a pena praticar com projetos reais, acompanhar tendências do mercado e participar de comunidades e eventos. No mais, com dedicação e experiência, qualquer pessoa pode ingressar nessa área.
Vale a pena ser desenvolvedor full stack?
Ser desenvolvedor full stack pode ser uma excelente escolha para quem busca versatilidade e boas oportunidades no mercado de tecnologia. Geralmente, os salários variam de acordo com o nível de experiência.
No Brasil, um profissional júnior pode ganhar entre cerca de R$ 4.000 mensais, enquanto um profissional pleno recebe de R$ 5.000 a R$ 8.000. Já os desenvolvedores sêniores podem alcançar salários entre R$ 8.000 e R$ 15.000, ou até mais.
Segundo a Pesquisa Salarial de Programadores Brasileiros 2024, na faixa salarial entre R$ 20 mil e 30 mil, os devs back-end e full-stack são maioria.
Já no exterior, os ganhos são ainda mais atrativos. Nos Estados Unidos, a média salarial chega a US$ 100.000 por ano. Na Europa, os valores variam entre € 40.000 e € 80.000 anuais, dependendo do país.
Além disso, muitas empresas oferecem um bom pacote de benefícios e possibilidade de trabalho remoto. Tudo isso torna a carreira ainda mais interessante para quem deseja crescer na área.
Mas, nesses casos, é importante dominar o inglês. Caso você queira dar o próximo passo e aprender inglês de verdade, confira o nosso Minicurso Gratuito de Inglês!
Quanto tempo demora para se tornar um desenvolvedor full stack?
O tempo para se tornar um desenvolvedor full stack varia. Em média, um curso pode levar cerca de dois anos, mas há opções mais rápidas.
Além das graduações e pós-graduações, existem os cursos livres que ajudam a desenvolver as habilidades necessárias. E muita gente aprende de forma autodidata, combinando cursos online, prática e projetos pessoais.
Mas, seja qual for a metodologia de aprendizado escolhida, o mais importante é ter disciplina e constância no aprendizado. Com dedicação, é possível começar a trabalhar bem antes de concluir um curso formal.
Como é o mercado de trabalho para um desenvolvedor full stack?
O mercado de trabalho para desenvolvedores full stack está em alta e deve continuar crescendo nos próximos anos. Esse profissional é altamente procurado no mercado, justamente por sua capacidade de atuar nas três etapas dentro de um sistema.
Com a digitalização acelerada, empresas de diversos setores, como fintechs, e-commerce e saúde digital, buscam profissionais versáteis que consigam atuar tanto no front end quanto no back end.
Esse movimento reflete a tendência do “faz-tudo”, em que contratar um único profissional que domina várias áreas acaba sendo mais vantajoso financeiramente para as empresas, especialmente no Brasil.
Voltando à Pesquisa Salarial de Programadores Brasileiros 2024, cerca de 35% dos desenvolvedores atuam como full stack. Esse número reforça a valorização do profissional que sabe lidar com diferentes tecnologias.
Além disso, a alta demanda faz com que os salários sejam competitivos, o que faz dessa uma opção promissora para quem quer ingressar ou evoluir na área de tecnologia.
Onde estudar para ser um desenvolvedor full stack?
Quem quer se tornar um desenvolvedor full stack tem várias opções de estudo. É possível seguir uma graduação em áreas como Ciência da Computação ou Sistemas de Informação, fazer uma especialização ou optar por cursos livres e bootcamps.
Cada caminho tem suas vantagens, e o ideal é escolher de acordo com o seu tempo disponível e, claro, objetivos profissionais.
Se você pretende começar por conta própria, uma boa estratégia é começar pelas linguagens de programação mais usadas no mercado. O JavaScript, por exemplo, é essencial para o front end e também é aplicado no back end.
De acordo com a pesquisa W3Techs, hoje, cerca de 98% dos sites utilizam JavaScript, o que faz dessa linguagem uma das mais populares e valorizadas.
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Conclusão
Neste artigo, você aprendeu sobre as etapas principais no desenvolvimento de um sistema web: front end, back end e banco de dados.
Ficou evidente que um desenvolvedor full stack é um profissional de alta demanda no mercado de trabalho. Porém, é necessária uma extensa base de conhecimento e habilidade em diversas tecnologias e fases do desenvolvimento.
Além disso, destacamos que o JavaScript é uma linguagem bastante versátil, podendo ser aplicada tanto no front end quanto no back end.
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