Você já se perguntou como uma empresa compra a outra? Vamos entender como funciona esse processo, incluindo as formas de pagamento, a troca de ações e as estratégias envolvidas.
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O que você vai ver hoje?
Como funciona a compra de empresas?
É comum vermos notícias sobre empresas comprando outras por bilhões de dólares. Mas como isso realmente acontece? No mundo empresarial, essas compras não são feitas com um simples PIX.
Além disso, não basta apenas “pagar” por uma empresa. É necessário compreender as diferentes formas de pagamento, os tipos de acordos e as estratégias financeiras que tornam essas aquisições possíveis.
Por exemplo, você sabia que nem sempre o comprador precisa desembolsar dinheiro? Muitas vezes, o lucro gerado pela própria empresa adquirida pode ser usado para financiar a compra.
Embora pareça um processo complicado à primeira vista, entender essas dinâmicas é fundamental para compreender como grandes empresas crescem e se destacam no mercado.
Quer descobrir mais? Vamos explorar juntos os motivos por trás dessas aquisições, as formas de pagamento e as estratégias envolvidas!
Por que as empresas compram outras?
As empresas têm vários motivos para adquirir outras, como:
- Expandir mercados: Comprar uma empresa já estabelecida em uma região ou segmento específico permite à compradora ampliar sua presença geográfica ou atingir um novo público-alvo.
- Aumentar capacidades: Adquirir tecnologias inovadoras, equipes talentosas ou infraestrutura especializada ajuda a acelerar o desenvolvimento de produtos ou serviços.
- Eliminar concorrência: A compra de um concorrente direto fortalece a posição da empresa no mercado, consolidando sua liderança e reduzindo disputas por participação.
- Aumentar o valor da empresa: Incorporar uma empresa lucrativa pode impulsionar receitas e lucros, agregando mais valor ao negócio.
Quais as formas de compras entre empresas?
As compras empresariais geralmente utilizam uma das três formas principais de pagamento: dinheiro, investimento direto e troca de ações. Cada uma dessas opções é adequada a contextos diferentes.
Além disso, a aquisição nem sempre é total. Em muitos casos, a compradora adquire apenas uma parte da empresa, como no exemplo do Itaú com a Avenue, que inicialmente comprou 35% da empresa, com possibilidade de aumentar para 50,1% em dois anos.
Pagamento em Dinheiro
Essa é a forma mais simples e direta de aquisição. É comum em situações onde uma empresa maior compra uma menor.
Entretanto, o pagamento não precisa ser integral nem imediato. Muitas vezes, o comprador faz um pagamento inicial e parcela o restante, condicionado ao desempenho futuro da empresa.
Como funciona na prática?
- Valor da empresa: Avaliado com base no faturamento, lucros ou avaliação de mercado.
- Condições de pagamento: Parte do valor é paga à vista, e o restante depende de metas futuras.
- Metas claras: Por exemplo, o restante do pagamento é feito apenas se a empresa atingir um certo nível de lucro ou receita.
Exemplo prático:
Se você compra uma loja avaliada em R$ 10 milhões, pode pagar R$ 5 milhões inicialmente e combinar de pagar os outros R$ 5 milhões em dois anos, caso a loja alcance um lucro de R$ 3 milhões no período.
Por que usar essa estratégia?
- Protege o comprador caso as expectativas não sejam alcançadas.
- Incentiva o vendedor a colaborar com o crescimento da empresa após a venda.
- Permite que os lucros da empresa adquirida sejam usados para pagar as parcelas futuras.
Investimento Direto na Empresa
Outra forma comum de aquisição é o investimento direto, onde o comprador injeta capital na empresa em troca de uma porcentagem de participação.
Como funciona?
- Avaliação da empresa: Determina-se quanto o investimento representa em participação acionária.
- Aporte: O capital investido entra no caixa da empresa, aumentando seu valor.
- Divisão de ações: A participação do comprador é proporcional ao valor investido.
Exemplo prático:
Se a empresa vale R$ 10 milhões e você investe R$ 3 milhões, o valor total da empresa sobe para R$ 13 milhões. Nesse caso, sua participação será de 23% (R$ 3 milhões divididos por R$ 13 milhões).
Vantagens:
- A empresa ganha capital para investir em crescimento.
- O vendedor mantém uma parte da empresa e pode lucrar com seu sucesso futuro.
Outro ponto interessante desse modelo é que, dependendo do valor investido, você pode se tornar o sócio majoritário da empresa.
Exemplo: Imagine que, em vez de investir R$ 3 milhões, você decide investir R$ 11 milhões. Nesse cenário, sua participação na empresa será de 52%, tornando-o o sócio controlador.
A principal vantagem desse modelo, comparado ao pagamento direto por toda a empresa, é o estabelecimento de um relacionamento mais estreito e colaborativo entre as partes.
Os recursos investidos podem ser direcionados para expansão de operações, desenvolvimento de produtos ou outras iniciativas que beneficiem ambas as empresas.
Essa abordagem também contribui para alinhar os interesses estratégicos, promovendo um crescimento sustentável e mútuo.
Troca de Ações
Essa é uma estratégia sofisticada e amplamente utilizada em grandes aquisições. Nesse caso, o comprador oferece ações de sua própria empresa em troca das ações da empresa adquirida.
Como funciona?
- As empresas avaliam seus valores de mercado.
- A troca é feita com base na proporção desses valores.
- Após o acordo, as empresas se fundem, e os acionistas da empresa adquirida recebem ações da nova entidade.
Exemplo prático:
Se sua empresa vale R$ 100 milhões e a empresa-alvo vale R$ 10 milhões, você pode oferecer ações que representem 10% do valor da sua empresa. Assim, os antigos donos da empresa comprada se tornam seus sócios, e a empresa final passa a valer R$ 110 milhões.
Benefícios:
- Não exige desembolso de dinheiro.
- Alinha os interesses das partes, já que ambas passam a lucrar com o crescimento da nova empresa.
Esse método é muito usado em fusões, promovendo maior integração e sinergia. Além disso, a troca de ações geralmente resulta em uma governança compartilhada, representando de forma equitativa os interesses de todos os envolvidos.
Estratégias de Financiamento
Uma aquisição não precisa ser financiada exclusivamente com recursos próprios. As empresas podem adotar estratégias inteligentes para viabilizar essas transações, combinando diferentes fontes de recursos para alcançar seus objetivos.
Algumas dessas estratégias incluem usar o lucro da própria empresa adquirida, buscar empréstimos ou combinar os dois modelos.
Uso do Lucro da Empresa Comprada
Após a aquisição, o comprador pode utilizar os lucros gerados pela empresa adquirida para quitar o restante do pagamento.
Exemplo: Uma empresa compra uma loja por R$ 10 milhões e divide o pagamento em duas partes. Com isso, ela usa os lucros gerados pela loja no primeiro ano para financiar a segunda parcela.
Empréstimos ou Captação de Recursos
Outra opção é buscar financiamento externo, seja por meio de empréstimos bancários ou de fundos de investimento.
Exemplo: Uma empresa menor pode captar recursos suficientes para adquirir uma empresa maior, dependendo de sua credibilidade e histórico no mercado.
O Papel dos Contratos nas Aquisições
Os contratos desempenham um papel crucial em aquisições empresariais, estabelecendo os termos do acordo, protegendo ambas as partes e prevenindo problemas futuros.
Além disso, os contratos permitem personalizar a transação para atender às necessidades e interesses dos negociadores. Entre os elementos essenciais desses contratos estão:
- Cláusulas de metas: Essas cláusulas vinculam pagamentos futuros ao desempenho da empresa adquirida. Por exemplo, o pagamento de uma parcela adicional pode depender do alcance de metas de lucro ou faturamento acordadas, alinhando os interesses de comprador e vendedor.
- Direitos e deveres: Os contratos especificam as obrigações de cada parte, garantindo que o vendedor cumpra suas responsabilidades no período de transição e que o comprador assegure os recursos prometidos para a aquisição.
- Opções de compra/venda: Essas cláusulas proporcionam flexibilidade futura, permitindo que o comprador adquira mais ações gradualmente ou que o vendedor mantenha direitos sobre participações específicas da empresa.
- Cláusulas de lockup: Comuns em aquisições por troca de ações, essas cláusulas impedem que o vendedor negocie ou venda as ações recebidas imediatamente após a transação.
- Como funciona? Durante o período definido no contrato, o vendedor deve manter as ações recebidas, preservando o valor da empresa no mercado e evitando oscilações causadas pela venda massiva de ações.
- Exemplo: Imagine que o vendedor receba R$ 10 milhões em ações da empresa compradora como parte do acordo. Com uma cláusula de lockup de dois anos, ele só poderá vender essas ações após esse período, garantindo estabilidade e alinhamento de interesses.
Os contratos com essas cláusulas não apenas regulamentam a aquisição, mas também promovem confiança entre as partes, proporcionando segurança jurídica e estabilidade para o futuro da empresa comprada.
Conclusão – Como uma empresa compra a outra?
Aquisições empresariais são processos estratégicos que exigem planejamento, flexibilidade e segurança para todas as partes envolvidas.
Com opções de financiamento criativas e contratos bem estruturados, é possível alinhar interesses e garantir o sucesso da transação.
O uso dos lucros da empresa adquirida ou a busca por empréstimos viabiliza negócios que, à primeira vista, poderiam parecer inatingíveis. Além disso, cláusulas contratuais, como metas e lockup, proporcionam estabilidade e confiança, promovendo um crescimento sustentável.
Entender como essas operações funcionam é essencial para quem deseja ingressar no mundo dos negócios.
Não deixe de explorar mais sobre o tema, isso pode te abrir portas e oferecer insights valiosos, ajudando você a navegar pelo universo das finanças corporativas com segurança e estratégia.
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